A “cidadania”, mais concretamente “as competências cívicas e sociais”, constituem hoje aspetos que a Comissão Europeia identifica como essenciais ao desenvolvimento dos jovens e da sociedade. Estas competências são definidas como:
“… competências pessoais, interpessoais e interculturais que equipam os indivíduos com apetências para participar de forma efetiva e construtiva na vida social e profissional … Competências cívicas dotam os indivíduos de capacidades que lhes permitem participar de forma ativa na sociedade, tendo por base dessa participação o conhecimento dos conceitos políticos, sociais e estruturais associados a uma participação democrática” (European Communities, 2007).
Apesar de poderem existir diferentes definições sobre o que podem ser as competências sociais e cívicas, a Comissão Europeia avança com as definições (European Communities, 2007), e que podem ser lidas à luz da história e da civilização europeia. Entende-se por competências sociais aquelas que estão associadas ao bem-estar pessoal e social e que implica uma compreensão de como os indivíduos podem garantir níveis ótimos de saúde física e mental para si e seus familiares. Para a existência de relações interpessoais saudáveis é essencial saber-se compreender os códigos de conduta e hábitos, que são aceites noutras sociedades.
As competências cívicas têm por base o conhecimento sobre os conceitos de democracia, justiça, igualdade, cidadania e direitos cívicos, incluindo também conhecimentos sobre a evolução histórica e política da sociedade em que vivemos. As competências comportamentais cívicas traduzem-se na capacidade de comunicar de forma construtiva em ambientes diferentes, de mostrar tolerância e compreender diferentes pontos de vista, bem como ser capaz de realizar negociações que criem confiança ao parceiro.
Acreditamos que a prática do diálogo potencia uma sociedade participativa e ativa.